Confirmou Anabela Bela, secretária geral da associação angolana de Insuficientes Renais (AAIR), dando voz ao relatório mensal enviado a ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, documento datado de 07 de Agosto do ano 2023, assinado pelo Coronel Agostinho Adriano Da Silva , presidente da associação que controla cerca de Dois Mil Duzentos e Sessenta e Uma pessoa que padecem da doença renal no país da costa ocidental de Africa, referindo que estes 2.261 pacientes com insuficiência Renal, confere o número em tratamento de Dialise contabilizados em todo território angolano, quando todos os dias são registrados novos casos de pacientes portadores de alguma doença dos Rins.
A actual condição social dos pacientes atendidos pelos especialistas de Nefrologia em Angola, está fora das grandes preocupações da AAIR, a associação que defende a implementação de um fundo de apoio ou que sejam incluídos a lista de prioridades do programa social Kwenda, que no país está virado ao apoio das pessoas mais desfavorecidas.
A secretária geral da associação angolana de Insuficientes Renais, fez saber que o apoio aos associados é urgente e aponta que 60% destes vivem na condição de desempregados sem qualquer capacidade de suportar as despesas com alimentação, antes e depois do tratamento de hemodiálise que é feito durante Quatro horas por semana para os menos graves e Doze horas por semana para os mais graves a receberem o tratamento em vários centros e hospitais especializados espalhados pelo país, tendo ainda dito a médica reformada, que as infraestruturas e os cuidados médicos não têm sido suficientes para cobrir as necessidades de tratamento do paciente, olhando as condições precárias em que vivem fora dos serviços de saúde no país, situação de vulnerabilidade que não abona em nada para o desejo de melhoria do quadro destes, bastante debilitados.
“A maior parte das pessoas que fazem a Dialise no país estão tão mal financeiramente que não conseguem ao menos comprar um saco de arroz e sem alimentação é muito difícil suportar os efeitos colaterais do tratamento e muitos pacientes, pela condição difícil em casa, chegam a guardar os alimentos que são oferecidos pelos centros e hospitais de hemodiálise, para partilhar com os filhos ou mesmo para a sua refeição quando em casa a fome aperta mais o estomago "disse Anabela Bela, secretária geral da Associação Angolana de Insuficientes Renais, que falou a Rádio FP, para comemorar a data alusiva ao dia mundial da saúde que se assinou no Domingo, 07 de Abril do ano 2024.
Dados da Associação Angolana de Insuficientes Renais, revelam que cerca de 5% dos 60% pacientes renais em angola são crianças com até 15 anos de idade, ainda que 112 pacientes em estado avançado da doença Renal, necessitam com urgência de uma junta médica para tratamento no exterior do país, tudo se deve a falta de especialistas que segundo disse Anabela Bela, o país não tem para a demanda crescente de pacientes, pelo que precisa-se ainda dos serviços prestados pela junta médica, tendo em conta que o país gasta mais dinheiro, disse com a hemodiálise, gastaria menos com transplantes.
JES | EDITOR RFP
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