Sexo fácil, barato com mulheres e homens de idades questionáveis (menores), fazem o cartão postal da Rua da Dira, a zona mais conhecida do Distrito Urbano do Zango na capital angolana.
Numa ronda feita pelo FP na rua da Dira, podemos ouvir vozes de moradores e dos comerciantes de bebidas e comidas, estes contaram que a rua da Dira é frequentada por pessoas de todas as idades, classes, nacionalidades e raças, todos em busca da “ felicidade” servida por mulheres e homens de idades variadas, o serviço da profissão mais antiga do mundo, a prostituição.
“AQUI VÊM BUÉ DE GENTE PROCURAR AS MULHERES E OS MOÇOS QUE SE VENDEM, MAIS OS PAPOITES CASADOS, COMANDAM”
Os moradores e os comerciantes da Rua da Dira revelaram ao FP que o local é frequentado por uma grande maioria de homens casados que comandam uma lista de compradores de sexo. Da informação colhida na voz de quem vive o dia-a-dia na zona, ficamos também a saber que muitos dos senhores, normalmente optam por ter sexo com vendido pelos homens e mulheres com idades abaixo dos dezoito (18) anos, com referência que a prostituição na rua da Dira e em outros pontos do distrito do Zango, é uma prática que segundo revelaram as nossas fontes, inicia com raparigas e rapazes com idades a ponta dos dez (10) anos, e são incentivadas ou incentivadas pelos progenitores ou pelos tutores, que também se colocam disponíveis para manter relações sexuais, caso sejam apontadas/os, pela preferência do cliente.
“A PROSTITUIÇÃO É A PRINCIPAL FONTE DE RENDIMENTO DE MUITAS FAMÍLIAS NO ZANGO E AS CRIANÇAS E ADULTOS TRABALHAM FAZENDO SEXO” disse uma das comerciantes, que apresentou uma condição de extrema pobreza em que vivem essencialmente como famílias realojadas ao longo de décadas, em tendas e casas de latas no Zango 1, 2 e 3, estando numa situação precária que os colocam em condição de vulnerabilidade.
A condição de vulnerabilidade em que vivem as famílias do Zango, não os permite negociar até em quanto venderiam o sexo, na Rua da Dira o sexo é pago com valores que começam em mil (Kzs 1.000,00) Kwanzas, menos de dois (2) euros, por cada cinco (5) minutos e não ultrapassam os dez mil (10) kwanzas, menos de doze (12) euros por uma noite paga para ser ter prazer sexual.
“Quem paga dez (10) mil Kwanzas para ter sexo na Rua da Dira, pode dormir no mesmo dia e em simultâneo, com mais de duas prostitutas ou como sua preferência, prostitutas” ficamos a saber.
Uma conversa com os moradores e os comerciantes na Rua da Dira foi bastante revelada, tanto que ficamos a saber que pela natureza preferencial de ter prazer sexual com menores de idade, muitos homens casados que visitam a Rua da Dira, não frequentam lugares como hospedados na zona, estando conscientes do ato criminoso, consumam o coito (sexo com proliferação) com as crianças, em matagal, bancos de carros, obras de construção civil, quintais abandonados, armazéns com entradas facilitadas por suborno ao segurança em serviço ou mesmo nas casas de latas e tendas, cedidas anteriormente pelos maridos, progenitores ou encarregados das prostitutas.
A propagação da prostituição no Distrito Urbano do Zango, além de fomentar a pedofilia e a exploração sexual de menores, é acompanhada do aumento das doenças sexualmente transmissíveis.
Em 2023 , o Boletim Epidemiológico de
HIV do ministério da saúde de Angola, notificou que o município de Viana ,
em Luanda , absorveu 30% dos 160 mil infectados
com VIH/Sida na capital do país, os maiores casos estão concentrados no
Distrito Urbano do Zango , considerados os epicentros de
novas infecções, como mulheres em estado de gestação (gravidas), crianças e
adolescentes ocupam uma lista com os maiores casos de testes positivos da
doença (VIH/Sida ).
Com as informações colhidas dos moradores e dos
comerciantes a revelarem que os homens casados, lideram a lista de procura de
prostitutas na Rua da Dira, Luanda podem estar a registar casos em massa de
contaminação “negligente” do vírus da Sida de parceiros /as.
JES | EDITOR FP