Boa noite família do Malipi, com sua licença, sei que a essa hora o fogo do serão já devia estar a apagar, mais, por favor, aumentem lenha para que reacenda a fogueira, eu vim para amanhecer com vocês, por favor, uma Caneca de Macau, preciso acalmar o meu coração.
Família, faz tempo que pensei em tirar um dia para fazer essa visita, o dia não era hoje, mais estou aqui, porque o destino me fez mensageiro e eu não tenho uma boa notícia, perdoem a minha voz trêmula, perdoem essas lagrimas que no meu rosto parecem suor de tanto caminhar para aqui chegar.
Não vou dar mais volta família, ouvem, o nosso Albino Capitango, a estrela do Malipi, subiu, agora brilha e ilumina a todos de lá, no céu, lugar onde sabemos que será maior do que era aqui.
Família, vamos chorar, vamos cantar, vamos dançar, vamos gritar para todo o Quipungo ouvir e saber que o Malipi está de luto, mais também que foi abençoado por ter sido terra onde nasceu um filho que alcançou muito... se tornou num bom jornalista, num bom pai, num bom filho e num bom amigo.
Família, por favor, aumentem mais na Caneca, o Macau já acabou, se tiver funge, trás também, hoje estou aqui pelo meu irmão, vim chorar o meu irmão Albino Capitango, chamem todos aqui.
Para os da cidade:
Albino Capitango, morreu na tarde deste Sábado, 23 de Março /2024, na cidade de Windhok-Namíbia, onde estava em tratamento. O jornalista, dos mais destacados na redação da Rádio Mais Huíla, foi vítima de doença prolongada.
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JES | EDITOR FP